Por que agosto ficou conhecido como o mês do cachorro louco?

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A expressão “mês do cachorro louco”, muito usada no Brasil, especialmente em agosto, faz parte do nosso vocabulário popular há bastante tempo. Mas por que será que agosto ficou com essa fama? Não existe uma resposta comprovada, mas algumas hipóteses ajudam a explicar como isso surgiu e o que pode estar por trás.

O cio das cadelas e a briga entre os machos

Uma das explicações está ligada ao comportamento natural dos cães. Algumas vezes por ano, as cadelas entram no cio, ou seja, no período fértil, e em algumas regiões as condições climáticas, como dias mais curtos e temperaturas mais baixas, podem  favorecer esse processo, especialmente nos meses de julho e agosto.

Nessa época, os cães machos ficam mais agitados por causa do cheiro das fêmeas no cio. Eles podem disputar entre si para acasalar, o que aumenta as brigas, as mordidas e os ferimentos.

Risco de transmissão da raiva

Essa agitação dos cães, somada às brigas e mordidas, pode ter facilitado, no passado, a transmissão de uma doença muito grave conhecida como raiva. Essa infecção era mais comum nas décadas passadas, quando muitos animais ainda não eram vacinados.

Por isso, antigamente acreditava-se que o mês de agosto tivesse mesmo mais casos de raiva entre os cães. Desde então, a ideia de que agosto era o “mês do cachorro louco” pode ter ganhado força e se espalhado como um alerta popular.

O que é a raiva?

A raiva é uma doença zoonótica, portanto é transmitida entre animais e humanos, sendo causada por um vírus que atinge o cérebro e o sistema nervoso de mamíferos, como cães, gatos, morcegos e até seres humanos. Ela é transmitida principalmente pelo contato da saliva através de mordidas e, quando os sintomas aparecem, é quase sempre fatal.

No Brasil, os surtos de raiva em cães eram mais comuns até os anos 1980. Hoje, graças às campanhas de vacinação, os casos diminuíram bastante. Mesmo assim, o vírus da raiva ainda está presente na natureza, especialmente em animais silvestres, como morcegos, gambás e raposas. Por isso, a prevenção continua sendo muito importante.

A importância da vacinação

A melhor forma de proteger os animais e as pessoas contra a raiva é vacinar os cães e gatos todos os anos. A vacina é segura, gratuita e oferecida pelas prefeituras, em campanhas organizadas pelas Secretarias Municipais de Saúde.

Mesmo com menos casos atualmente, a vacinação anual é necessária para manter a doença sob controle, especialmente em locais com presença de animais silvestres.

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