
A castração é uma das práticas mais comuns na medicina veterinária felina e exerce papel importante no controle populacional e prevenção de algumas doenças, como câncer de mama nas fêmeas. Além disso, é possível reduzir comportamentos como marcação territorial, vocalização intensa e fugas motivadas pela procura de parceiros(as). A castração também está associada à longevidade, resultado de diversos fatores e, por isso, a nutrição deve acompanhar e sustentar essa nova fase de vida mais longa.
Apesar de seus benefícios, a remoção dos órgãos sexuais promove alterações significativas no eixo hormonal, impactando diretamente o metabolismo, o comportamento e o apetite do animal.
Essas mudanças exigem adaptações no estilo de vida e, principalmente, no manejo nutricional, a fim de evitar o desenvolvimento de sobrepeso, obesidade e suas consequências metabólicas, como o diabetes mellitus.
Alterações pós-castração
Estudos indicam que os hormônios esteroides sexuais desempenham papel fundamental na regulação do apetite e no gasto energético. Com a remoção desses hormônios, especialmente nos machos, observa-se, em poucos dias após a cirurgia, um aumento expressivo da fome e, dentro de aproximadamente três meses, a alteração na atividade física e as modificações comportamentais.
O aumento do consumo calórico, aliado à diminuição do gasto energético, cria um cenário propício à obesidade. Essa condição, além de comprometer a qualidade de vida do animal, eleva o risco para diversas enfermidades metabólicas, entre elas o diabetes mellitus e as doenças articulares.
Ajuste a quantidade
O primeiro passo para prevenir o ganho de peso é o controle rigoroso da quantidade de alimento oferecido. Após a castração, a prática de deixar o alimento disponível “à vontade” torna-se contraindicado.
Siga as orientações do médico-veterinário ou as indicações do guia nutricional na embalagem, pesando a quantidade diária recomendada (em gramas) e fracionando-a em várias pequenas porções ao longo do dia. Essa estratégia ajuda a controlar o apetite e reduzir a ansiedade alimentar.
Também é possível oferecer o alimento em comedouros lentos ou dentro de brinquedos, pois isso incentiva o movimento e reduz a velocidade de ingestão.
Escolha o alimento certo
O tipo de alimento escolhido também deve ser considerado. As rações Super Premium são formuladas com ingredientes de alta qualidade e excelente digestibilidade, garantindo aproveitamento nutricional superior. Contudo, as versões tradicionais para gatos adultos geralmente apresentam densidade energética elevada, o que não é indicado no período pós-castração, principalmente àqueles felinos de apartamento.
Por isso, recomenda-se a substituição por um alimento para gato castrado. Esse tipo de dieta possui uma receita com menos calorias, maior quantidade de proteína de alto valor biológico e quantidade balanceada de fibras, que auxiliam na sensação de saciedade e na manutenção dos músculos.
Além disso, a adição de L-carnitina em alguns produtos, como a M-line Gato Castrado, contribui para o peso ideal. Trata-se de um composto essencial no metabolismo energético que atua transportando os ácidos graxos (“gordura”) para o interior das mitocôndrias, onde são convertidos em energia. Esse mecanismo favorece a utilização mais eficiente da gordura corporal, favorecendo a manutenção do peso ideal.
A saúde do trato urinário é outro ponto de atenção em felinos, portanto com os castrados não poderia ser diferente. Por isso, o alimento ideal, como a M-Line Gatos Castrados, também precisa conter o equilíbrio de minerais para auxiliar na manutenção do pH adequado da urina.
Outro nutriente fundamental é a taurina, um aminoácido essencial para os gatos, já que eles não conseguem produzi-lo em quantidade suficiente. A taurina desempenha papel vital na função cardíaca, na visão e na saúde reprodutiva, além de contribuir para o bom funcionamento do sistema imunológico. A deficiência desse nutriente pode levar a sérios problemas de saúde, por isso sua presença é indispensável na dieta. Dessa forma, a M-line Gatos Castrados conta com valor superior ao convencional, suporte de 1.500 mg/kg.
Estimule atividades físicas
O ajuste da dieta deve ser complementado com estímulos que aumentem o nível de atividade do gato. Brinquedos interativos, circuitos com prateleiras, caixas e arranhadores e espaço no quintal ajudam a manter o animal ativo e mentalmente motivado. Você também pode realizar pequenos passeios com a guia peitoral em locais calmos, que, além de estimular a parte física, é um ótimo incentivo sensorial e de bem-estar ao felino.
Pese e observe
Desenvolva o hábito de acompanhar regularmente o peso do seu gato na balança e observar o contorno da cintura e o acúmulo de gordura na região abdominal. Consultas periódicas com o médico-veterinário permitem ajustar a quantidade e o tipo de alimento, garantindo que o gato mantenha uma condição corporal ideal ao longo do tempo.


