Julho Dourado: mês de conscientização sobre as zoonoses

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Julho é o mês dedicado à conscientização sobre as zoonoses. Essa campanha tem como objetivo alertar os tutores e a sociedade sobre os riscos, as formas de transmissão e, principalmente, sobre a importância da prevenção. Cuidar da saúde dos pets não é apenas um ato de carinho, mas também uma medida de saúde pública. O que são zoonoses?

Zoonoses são doenças que podem ser transmitidas entre animais e humanos. Elas são causadas por diferentes agentes, como vírus, bactérias, fungos ou parasitas. De forma geral, a transmissão pode ocorrer de maneira direta, pelo contato com o animal infectado, ou indireta, por meio do ambiente, alimentos ou água contaminados.

 Principais zoonoses em pets

Entre as mais comuns, ou que merecem atenção especial, destacamos:

Raiva

Considerada a mais grave de todas, trata-se de uma doença viral fatal em quase 100% dos casos. A principal forma de contágio é através da saliva de um animal infectado, por meio de mordidas, arranhões ou lambeduras em mucosas ou na pele lesionada. A forma eficaz de prevenção em pets é a vacinação anual, que é obrigatória para cães e gatos, além de evitar o contato com animais de vida livre, como morcegos e animais silvestres.

Leptospirose

Causada por uma bactéria presente na urina de animais infectados, principalmente roedores. Cães, gatos e humanos podem se infectar ao entrarem em contato com água ou solo contaminado, especialmente em locais com acúmulo de lixo, enchentes ou ambientes úmidos frequentados por ratos. A prevenção envolve controle rigoroso de roedores, manejo adequado do lixo, bem como evitar que os pets tenham acesso a locais alagados ou contaminados e manter a vacinação dos cães em dia, já que existe vacina específica para eles.

Toxoplasmose

Uma infecção causada por um protozoário cujos hospedeiros definitivos são os felinos. Os roedores (ratos), outros mamíferos e aves atuam como hospedeiros intermediários da infecção para o homem e para os felídeos.

A contaminação em humanos ocorre por meio de ingestão de água e alimentos contaminados, consumo e manipulação de carnes cruas, saliva, além do contato com secreções e solo contaminado, principalmente pela ingestão de oocistos esporulados presentes nas fezes de gatos contaminados. Existe também a possibilidade, em condições excepcionais, de ser transmitida por insetos vetores.

A prevenção inclui higienização diária da caixa de areia dos gatos para prevenir que os oocistos esporulem no ambiente (para isso ocorrer é necessário um determinado período de tempo), além de cuidados na higienização de verduras, frutas, carnes, água e medidas de higiene após contato com saliva e secreções.

Esporotricose

 Conhecida como “a doença do arranhão do gato”, é causada por um fungo presente naturalmente no solo, em plantas, casca de árvores e matéria orgânica. A transmissão aos humanos ocorre principalmente por arranhões, mordidas ou contato com as lesões do animal infectado. Para prevenir, é importante evitar que os gatos tenham acesso à rua, já que o contato com ambientes contaminados ou com animais infectados representa o principal risco. Além disso, sempre que houver lesões suspeitas no pet, é fundamental buscar atendimento veterinário imediato, tanto para proteger o animal quanto para reduzir os riscos à família.

 Leishmaniose visceral

Uma doença grave causada por um protozoário, transmitido pela picada do mosquito-palha infectado. Acomete principalmente cães, mas também pode afetar humanos e, de forma pouco frequente, gatos. A prevenção envolve o uso de coleiras repelentes, proteção dos ambientes com telas finas e cuidados para evitar o acúmulo de matéria orgânica, que serve de criadouro para o inseto vetor.

Como vimos, cuidar da saúde dos pets vai muito além do bem-estar animal. É também uma responsabilidade coletiva, que protege toda a família e a comunidade contra doenças que podem ser graves e, em alguns casos, fatais. Consultas periódicas com o médico veterinário, vacinação em dia, controle de parasitas e manejo correto do ambiente são medidas simples e que fazem a diferença na prevenção das zoonoses na saúde pública. 

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