Cuidado no verão: prevenção das doenças mais comuns em cães

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O verão brasileiro é caracterizado por temperaturas elevadas e um aumento significativo no volume de chuvas, criando um ambiente favorável para a proliferação de diversas doenças que afetam os cães. Conheça as principais enfermidades que ocorrem nesse período no ano e o que fazer para evitá-las.

Doenças do carrapato

O calor e a umidade desse período favorecem a eclosão de ovos dos ectoparasitas, incluindo os carrapatos. Por consequência, as doenças transmitidas por eles, como erliquiose, babesiose, anaplasmose e febre maculosa, acabam aumentando nesse período do ano. Os sintomas variam de acordo com cada doença, mas incluem apatia, prostração, sangramento pela gengiva e narina, sinais frequentemente observados.

Para prevenir, é necessário utilizar um método repelente no cão. Isso pode ser feito com coleiras repelentes, pipetas, sprays ou comprimidos mastigáveis, respeitando o período de reaplicação descrito pelo fabricante.

Em conjunto, é essencial realizar a desinfestação do ambiente para evitar a recidiva da doença. O uso de carrapaticidas para ambientes, como a deltametrina, é indicado, seguindo rigorosamente as instruções de diluição, aplicação e tempo de segurança para evitar intoxicação no aplicador e nos animais.

Ressaltamos que é proibido aplicar substâncias para o ambiente diretamente nos animais, podendo causar alterações graves.

Alterações de pele

O aparecimento de irritações e inflamações na pele também costuma aumentar, especialmente em animais com pelo comprido e que amam brincadeiras com água. Se o animal não for devidamente seco, formará um ambiente quente e úmido que favorece o desenvolvimento de microrganismos, desequilibrando a microbiota da pele e causando dermatites e infecções, tanto na pele como no canal auditivo (otites).

Caso o banho seja de piscina, é importante observar os produtos e as concentrações utilizadas na água, pois podem causar reações na pele se não forem devidamente aplicados.

A presença de DAPP (Dermatite Alérgica a Picada de Pulga) também aumenta devido à eclosão de ovos em ambientes quentes e úmidos, como comentado no tópico anterior. Sua prevenção abrange o uso de métodos repelentes no animal e uma desinfestação minuciosa do ambiente, incluindo frestas e cantos, com o uso de produtos adequados. Além disso, é essencial manter o ambiente onde os animais vivem seco, ventilado e limpo, reduzindo a umidade que favorece o desenvolvimento de microrganismos.

Leptospirose

Com o aumento das chuvas e do calor, a leptospirose torna-se mais comum, especialmente em áreas urbanas onde há maior contato com roedores. A doença é causada pela bactéria Leptospira, presentes principalmente na urina dos ratos, que contaminam água, solo e alimentos. Os animais podem contrair a doença ao entrar em contato com essas fontes contaminadas ou ao caçar esses roedores. O desenvolvimento da leptospirose é rápido e pode causar sintomas graves como febre, vômitos, apatia, icterícia e hemorragias, podendo evoluir para a morte se não tratada rapidamente.

A prevenção da leptospirose começa com a vacinação. Para garantir proteção contra as principais cepas da bactéria de forma eficiente, especialistas reportam que a dose de reforço deve ser feita a cada 6 meses. Além disso, é fundamental evitar o acúmulo de lixo e manter o ambiente limpo e seco, especialmente em locais de armazenamento de alimentos.

Dirofilariose

Também conhecida como “verme do coração”, é uma doença causada pelo verme Dirofilaria immitis, transmitido por várias espécies de mosquitos, incluindo o Aedes aegypti. O mosquito infectado inocula larvas do parasita na corrente sanguínea do animal. Essas larvas migram para o coração e os vasos pulmonares, onde se desenvolvem até a fase adulta e causa lesões graves no sistema circulatório, resultando em hipertrofia cardíaca, insuficiência e endoarterite.

A prevenção inclui manter o mosquito afastado com o uso de um método repelente, mas o uso de medicamentos preventivos como comprimidos ou injeções de longa duração, quando prescritos pelo veterinário, podem ser utilizados em regiões onde a doença é endêmica. Além disso, o controle de mosquitos no ambiente é fundamental. A realização de exames periódicos também é essencial para identificar precocemente a presença do parasita.

Leishmaniose

A leishmaniose é uma zoonose grave transmitida pelo mosquito-palha (Lutzomyia spp.), vetor que prolifera em ambientes com acúmulo de matéria orgânica. Cães infectados podem apresentar sintomas como emagrecimento progressivo, apatia, crescimento excessivo das unhas, descamação da pele, problemas em diversas vísceras, além de problemas renais. Por ser uma zoonose, a leishmaniose também representa um risco direto à saúde humana.

Para prevenir, é indispensável o uso de coleiras repelentes, que ajudam a afastar o mosquito transmissor. O ambiente também deve ser mantido limpo, sem acúmulo de folhas, frutas ou matéria orgânica em decomposição. Outra medida eficaz é o uso de inseticidas apropriados para o controle do vetor nas casas, canis e abrigos, especialmente ao entardecer e à noite, períodos de maior atividade do mosquito.

Conhecer as doenças mais comuns dessa época e adotar medidas preventivas adequadas é   garantir o bem-estar dos animais nesse verão. Com os cuidados certos, é possível aproveitar o verão de forma segura e saudável ao lado dos cães, minimizando riscos e promovendo uma convivência saudável.

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